sábado, fevereiro 10, 2007

Jacu City em perspectiva - Educação como ferramenta de transformação, mas essa é só minha opinião e quase todo mundo não concorda




Segundo o jAcú Notícia "Contra dados não há argumentos. A educação, considerada a grande arma para acabar com a desigualdade social, contribui para manter tudo como está ao se avaliar o resultado do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2006. Na corrida pelos melhores lugares, a minoria capaz de enfrentar as mensalidades da rede privada está cada vez mais à frente da ampla massa do sistema público. Em Joinville, os 513 estudantes de escolas particulares - na melhor marca - obtiveram nota 64,35, enquanto os 1.808 estudantes das unidades públicas alcançaram 47,82, no melhor resultado do exame no índice de zero a cem".
O Enem é uma ferramenta federal para avaliar o ensino médio das escolas espalhadas por todo o país. Dessa forma, é possível cumprir ações de reparação nas regiões em que o exame detecta anomalias, como resultados muito abaixo da média. O governo federal estaria apto a intervir, caso fosse preciso, na educação local.

Então, o que eles estão esperando? Por que a apatia? Por que o conformismo por parte da pais e alunos, sem falar nos profissionais da educação.

A apatia governamental resume-se em poucas frases. Formar um aluno no Ensino Médio leva 12 anos. Formar um em nível superior, 16. Um mandato de deputado ou presidente, vereador ou prefeito é de apenas 4 anos. Não dá tempo de inaugurar. Sem inauguração, não tem eleição. Fazer uma escola grandiosa rende votos, equipá-la, não. Aliás, é muito caro equipar. Livros custam caro. equipamentos de laboratório são caros. Formar um professor é caro e mantê-lo produtivo também é. É a velha batalha do curto prazo versus longo prazo, presente na pesquisa científica e na exploração de novas tecnologias. Políticos são de curto prazo. Políticas educacionais tem que ser de longo prazo.


Quanto aos pais, estes estão tão saturados com a realidade que os cerca e tão obstruídos pelos pequenos problemas que não enxergam a educação como meio de crescimento pessoal para si e seus filhos. São poucos os que se interessam pelo tema, e menos ainda os que acompanham o dia dia da escola e de seus filhos. Educação é crescimento, e a criança e o jovem passam apenas uma pequena parcela deste período efetivamente na escola, pouco mais de 1/6 de seu tempo. Sem a presença efetiva dos pais, fica complicado administrar esse pequeno tempo para a função educacional. Também é bom lembrar que os pais são sempre a maioria numericamente falando, são os maiores interessados (depois dos próprios alunos) e assumem o mínimo possível de responsabilidades. Deles é o papel principal, e o mais difícil: cobrar, dos filhos, uma atitude de valorização do processo educacional, dos professores, diretores e demais 'ores' da escola o cumprimento das metas estabelecidas, dos PCNs, dos PPPs, e outros Ps, e claro, dos políticos, a criação de mecanismos eficientes de promoção da educação.

Já os professores, estes parecem sempre em equilíbrio entre a manutenção dos privilégios de que muitos incompetentes e malpreparados gozam e a necessidade de valorização do profissional. Todos sabem o que fazer, mas não tem as ferramentas. Ferramentas não são acessórios opcionais. São essenciais. Sala de aula equipada não é privilégio, é necessidade. Biblioteca não é opção, é básico.

Claro que tudo isso é a minha visão de como deveria ser a educação em Jacú Nation. Se ela está de outra maneira, é porque a maioria absoluta da população não concorda comigo. E como a maioria vence nas eleições... bem, num país que reelege Paulo Maluf e dá ao bandido im(p)unidade parlamentar, não é de se esperar grande coisa. Educação liberta. Falta de discernimento mata. Contra dados, não há argumentos.

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